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80 anos de Suelly Amarante
10/05/2012

O ex-presidente do Conselho Nacional do Café – CNC e da Cafepoços, Suelly Evandro Amarante, completou 80 anos de idade no dia 24 de abril. A Cooparaiso, por intermédio do presidente do Conselho de Administração, deputado federal Carlos Melles, prestou homenagem de reconhecimento pelos seus 60 anos de trabalho na defesa do café, entregando-lhe uma placa comemorativa na solenidade festiva ocorrida em São Paulo, no dia 28 de abril, com a presença de familiares, amigos e personalidades do setor cafeeiro e cooperativista.
Suelly Amarante, administrador de empresas e produtor de café, tem uma extraordinária trajetória na cafeicultura. Foi fundador e presidente da Cafepoços, diretor da Faemg, fundador e presidente do Conselho Nacional do Café – CNC, e teve atuação importante na Organização Internacional do Café – OIC.
Aos 21 anos de idade, logo que se casou com Rosa Maria Aparecida Junqueira Amarante, mudou-se de São Paulo para Poços de Caldas para dedicar-se às fazendas da família. Na vida pessoal constituiu uma exemplar e numerosa família, com 6 filhos, 16 netos e 2 bisnetos.
Em 1956 liderou um grupo de 76 produtores de café e juntos fundaram a Cooperativa dos Cafeicultores de Poços de Caldas, sob a inspiração da cooperativa de café de Ribeirão Preto, fundada por Tomas Alberto Whatelly. “Naquela época o IBC era o grande comprador de café e ficávamos de mãos atadas, porque muitas vezes o nosso café de qualidade fino era comprado como café riado. Inconformados com a situação, fundamos a cooperativa com o propósito de defender o produtor, a nossa intenção era exportar diretamente o café, não queríamos ser menosprezados”, conta Suelly, que por 30 anos esteve à frente da Cafepoços.
Sob a liderança do ex-governador paulista, Abreu Sodré, Suelly atuou com dirigentes do setor cafeeiro e cooperativista e fundaram o Conselho Nacional do Café – CNC. Posteriormente Suelly chegou à presidência do CNC, compartilhando a direção com companheiros do setor como o presidente da Cooparaiso, Carlos Melles. Nesta época Suelly atuou como representante da cafeicultura em nível nacional e internacional, fazendo importante gestões nas reuniões da Organização Internacional do Café – OIC, em Londres.
Ao completar 80 anos, Suelly Amarante diz que o café se incorporou de tal forma à sua vida que seria quase que impossível viver longe da lavoura. “Mesmo a duras penas, guardo o sentimento de muito amor pela cafeicultura”, diz ele, destacando que “a rigor o café é a melhor atividade agrícola, porque é quase imperecível, mas precisa de efetivo suporte econômico governamental para que os produtores pudessem ordenar e vender suas safras nos momentos certos, o país ganharia muito”.
Perguntado se recomeçaria sua vida em café, Suelly confirma: “devemos continuar produzindo café, buscando produção, produtividade, qualidade, mas sempre com os pés no chão”.
Paulo Henrique Delfante
Assessoria de Comunicação do deputado federal Carlos Melles